terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Quase acerto - mas foi so o cotovelo - Parte 01

Vou relatar aqui rapidamente minha vida. Afinal não existe nada de muito importante pra ocupar muito tempo. E sinto que meu fim está próximo. Não sei como será, mas está perto agora. Destes meus trinta e três anos, talvez três mereçam atenção, assim, acumulados. Na infância só fiz merda... Literalmente. Eram 15 ou 20 trocadas de fraldas diariamente... Fora as mamadeiras derrubadas. Mas isso não é o mais importante. Não gastariam nem dois meses de minha curta história. Ainda bem que alguém limpava isso. Assim pude incluir nos anos bons. Bem depois, aos 12 anos, comecei a me interessar por coisas mais adultas. Meu tio Ostracino me disse um dia. Menino um dia você vai conhecer as verdadeiras drogas da vida. Quando perguntei que drogas seriam essas ele citou uma: casamento. Putz pensei... sempre achei a tia Rotirna bonita, mas diga-me, existe mulher feia pra quem tem 12 anos? Tudo em ebulição? Depois de alguns anos concordei com tio Ostracino. A tia Rotirna era mesmo estranha. Não feia, mas brigona, mandona e isso a deixava feia. Mais cinco meses. Depois disso me lembro que vale a pena contar uma coisa que me aconteceu aos dezenove anos. Isso mesmo. Consegui a carteira de motorista. Não é ótimo? Dirigia como se fosse o maioral. Fiz tudo de ilegal na direção. Triste dizer, mas entre bebedeiras ao volante, amassos dentro do fusca do véio e empurradas de carro sem partida... Lá se vão mais seis meses. Ótimos. Sei que estão pensando outras coisas que se pode fazer antes dos dezenove anos. Então vou voltar um ano. Ou quase. Sabe sexo? Pois é. Aconteceu. Não foi com a minha prima Graciosa. Ta bem que eu a olhava desde os treze. E ela também. Mas foi com Maria Meretrícia. Linda, morena, falsa magra, perfume de enlouquecer, suave, delicada. O que? Acham que me apaixonei por ela? Vou parar agora. Aliás, nem sei porque estou contando tudo isso. Vocês não fazem parte do meu mundo. Como muito tarde percebi não faziam parte as Anas, Anes, Inas e todos os outros finais de nomes femininos que passaram pela minha curta vida. Eu disse curta? Ha ha ha. Ironia. Gastei aqui, entre sexo, amor e desespero doze meses. Depois tudo ficou muito difícil. Quase voltei a minha infância (merda). Fora de casa, empregado, sobrevivendo, desempregado, vivendo, bebendo, fu..gindo de tudo e de todos. Meu time com dois vice campeonato seguidos. Mas existia a cerveja. Gelada, atenciosa. (to be continued)

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