terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Olha o buraco colega!!!

Via que não dava pra atravessar, mas minha mania de imaginar tudo sempre menor me fez seguir em frente. Pô, sem ofensas, mas aquilo era pior do que eu previra. Mas quando se chega ao meio da rua e o carro vem... Ou corre, pula ou simplesmente fecha o olho. Caramba, não sou chegado a isso. Mas fechei o olho. Nessas horas, de olho fechado, a pessoa imagina tudo. Pula, corre, chora e, na maioria das vezes espera. Cara, foi minha sorte. Como diria, de maneira um pouco modificada, Drumond, "Arrancaram a pedra do meio do caminho". Assim sobrou o buraco. E que buraco!!! Dava pra engolir o carro, o motorista (fora do carro), a sogra dele e a tia Alzira (a tia por questões pessoais que não vem ao caso agora). Não era um buraco. Era um rombo mesmo! Daqueles que só aparecem na vida da gente de quatro em quatro anos, sem alusões políticas, lógico.
Mas então, quando não senti impacto, dor ou o motorista xingando, abri o olho. E aí não vi nada. Nem cachorro na rua (apesar de a Matilde adorar me comparar a caninos). Tudo em silêncio. Absoluto silêncio. Puta merda!!! Morri, pensei na hora. Só falta chegar o Antonio Fagundes, representando um São Pedro de quinta categoria e me passar pito ainda. Seria melhor aparecer a Maitê Proença, diabinha, me chamando pra um churrasco. Desculpe, sou saudosista. Mas nada. Silêncio absoluto. Só o buraco na minha frente. Nada de carro, de motorista e sogra, tia Alzira (graças bom Deus). Olha, na hora pensei em me jogar no buraco, mas, como todo bom acomodado, pulei e fui me encontrar com a Matilde.

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