terça-feira, 30 de março de 2010

Inevitável tempo... Suportável espaço...


Meu soluço é minha barba por fazer,
como cresce, como fica branca,
minha sorte é ver o dia nascer
forte, cegante sol.

Sou depois, apenas menino
subindo a ladeira para o trabalho
cascalho, nas horas dificeis
areia por horas e horas cobrindo meus pés, relaxo

Uma restia de chuva me atinge
um pingo da mais bela sorte
ah, chuva que lava este limo
que deixa mais pura minh'alma

Empurra esta lama pra baixo,
arranca este barro dos pés,
lava esta alva cabeça
impõe à esta alma a fé.

Sorrindo me lembro da noite,
quando isto tudo senti,
rima fácil, insônia de amarga saudade.
Rascunhos que jamais escrevi.

Nenhum comentário: