quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Memórias em conta gotas - enquanto a inspiração não vem!

Acordei assustado, com água na cara. Abri os olhos esperando encontrar o Moe, ou pelo menos o Didi Mocó me jogando uma balde de água. Mas não senhoras e senhores. Era chuva!!! Chuva na noite seca e quente do cerrado palmense. Dormi com a janela aberta. E olha que estava tendo um sonho interessantíssimo. Aliás, eu adoro sonhar. Não gosto de dormir, mas sonhar é bom. Bem, sonhava que descia um rio que fica perto da casa de meus pais. Estava em uma balsa muito rústica com mais duas pessoas e, como seria previsível, logo o que aparece? Isso mesmo uma cachoeira. Tudo bem, isso está parecendo roteiro de filme antigo do Tarzan. Mas lá estava ela...uma grande queda d’água, suponho eu. Mas o melhor de tudo, foi a surpresa embaixo da água. Apareciam umas enormes pinturas rupestres submersas. Fique embasbacado e quase esqueço de voltar a tona. Mas em sonho vale tudo mesmo. Fiquei olhando as pinturas, até me dar conta que não sei nadar. E aí senti a água no rosto. Tentei chegar à superfície rapidinho e aí acordei no melhor estilo comédia pastelão. De manhã, após os afazeres domésticos e obrigações empregatícias, resolvi contatar um grande estudioso dos sonhos, das broas e das pinturas, o professor, confeiteiro e arqueólogo Benigno Cava Rocha. Depois de lhe expor os acontecimentos noturnos, ouvi atentamente suas explicações. Disse que sonhos só funcionam com doce de leite como recheio. Que as broas têm um segredo que não quis me contar, já que é segredo mesmo. Sobre as pinturas, disse que sempre achou a arte rupestre fascinante enquanto forma de comunicação, mas desistiu de buscar entendê-las aos 75 anos, depois que um tal de Kandinsky deu um nó no seu cérebro.

Um comentário:

Marjorie disse...

Bah! Esses dias falei sobre Kandinsky num post... jogo rápido, mas repercutiu legal. Besos